sexta-feira, 30 de abril de 2004

EM PÂNICO

O que aconteceu aos blogues da Catarina? O 100 Nada está sem nada e o Meu Filho e Eu é uma página em branco. Espero que sejam só problemas técnicos.
Catarina, nem te atrevas a apagar os blogues!

quinta-feira, 29 de abril de 2004

INGRID EYES

"AS TIME GOES BY"

Hoje n'A2 não percam a oportunidade de constatar que ninguém diz "Play it again, Sam".

ESPERANDO MAIO

''O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO''

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
- Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
- Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.


Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão -
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.


Vinicius de Moraes
in Novos Poemas (II)
in Poesia completa e prosa: "Nossa Senhora de Paris" (1953-1957)
Rio de Janeiro . Nova Aguilar .1998

domingo, 25 de abril de 2004

LIBERDADE

CANTIGA DE ABRIL

Às Forças Armadas e ao povo de Portugal
«Não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade»
J. de S.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
reinaram neste pais,
e conta de tantos danos,
de tantos crimes e enganos,
chegava até à raiz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Tantos morreram sem ver
o dia do despertar!
Tantos sem poder saber
com que letras escrever,
com que palavras gritar!

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Essa paz de cemitério
toda prisão ou censura,
e o poder feito galdério.
sem limite e sem cautério,
todo embófia e sinecura.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esses ricos sem vergonha,
esses pobres sem futuro,
essa emigração medonha,
e a tristeza uma peçonha
envenenando o ar puro.

Qual a cor da liberdade?
É verde. verde e vermelha.

Essas guerras de além-mar
gastando as armas e a gente,
esse morrer e matar
sem sinal de se acabar
por politica demente.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esse perder-se no mundo
o nome de Portugal,
essa amargura sem fundo,
só miséria sem segundo,
só desespero fatal.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
durou esta eternidade,
numa sombra de gusanos
e em negócios de ciganos,
entre mentira e maldade.

Qual a cor da liberdade?
E verde, verde e vermelha.

Saem tanques para a rua,
sai o povo logo atrás:
estala enfim altiva e nua,
com força que não recua,
a verdade mais veraz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

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26-28(?)/4/1974

Obras de Jorge de Sena
"40 anos de servidão"
Edições 70
1989


ASPIRAÇÕES DO LIBERALISMO,
EXCITADAS PELA REVOLUÇÃO FRANCESA
E CONSOLIDAÇÃO DA REPÚBLICA EM 1797

Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Porque (triste de mim!) porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?

Da santa redenção é vinda a hora
A esta parte do mundo, que desmaia:
Oh! Venha... Oh, Venha, e trémulo descaia
Despotismo feroz, que nos devora!

Eia! Acode ao moral, que frio e mudo
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo;

Movam nossos grilhões tua piedade;
Nosso númen tu és e glória e tudo,
Mãe do génio e prazer, ó Liberdade!

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Manuel Maria Barbosa du Bocage, Sonetos

AQUI POSTO DE COMANDO



''Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas.

As Forças Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma.

Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos Comandos das Forças Militarizadas no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas.

Tal confronto, além de desnecessário, só poderia conduzir a sérios prejuízos individuais, que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo.

Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a eventual colaboração, que se deseja sinceramente desnecessária." 

sábado, 24 de abril de 2004

AOS LEITORES BRASILEIROS

Me surpreendem sempre as visitas, regulares, que recebo do outro lado do Atlântico. Bem sei que você, caro leitor brasileiro, sente dificuldade em entender certas expressões do português de Portugal. Por isso aqui lhe deixo um dicionário que, apesar de algumas inexactidões, poderá ser útil na leitura dos sites lusitanos.
Aqui em Portugal estamos quase comemorando os trinta anos da revolução de 25 de Abril de 1974. Um grupo de militares acabou com uma ditadura que durou 48 anos, instaurou a democracia e as liberdades fundamentais. Claro que há ainda muito a fazer, muita luta a travar, a democracia se constrói dia-a-dia e a Liberdade não é, nem pode ser, uma mera figura de retórica.
Em 1975 Chico Buarque compunha ''Tanto Mar'' evocando a liberdade e a festa que a Revolução dos Cravos permitiu. A letra foi totalmente vetada pela censura da feroz ditadura que oprimia o Brasil.

''Tanto mar''

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

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Chico Buarque de Hollanda - 1975

quarta-feira, 21 de abril de 2004

ESPERANDO ABRIL

''Trova do vento que passa''

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de sevidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.


Manuel Alegre
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O poeta Manuel Alegre escrevia sobre o País sem Futuro, Adriano Correia de Oliveira cantava a mágoa de um Povo que contra tudo resistia.

terça-feira, 20 de abril de 2004

MIRÒ 1893-1983


''Personagens Rítmicas'' 1934

Joàn Mirò Ferra, catalão surrealista, apareceu na Terra em 20 de Abril de 1893. 

domingo, 18 de abril de 2004

ESQUECI-ME COMPLETAMENTE...

...que este blogue no dia 9 fez sete meses. Apesar disso o contador ainda não chegou aos 10.000 visitantes...

NIHIL

''Nihil''

Homem! Homem! Mendigo do Infinito!
Abres a boca e estendes os teus braços
A ver se os astros caem dos espaços
A encher o vácuo imenso do finito!

Porque sobes à rocha de granito?
Porque é que dás no ar tantos abraços?
E cuidas amarrar com férreos laços
Um reflexo da sombra de um espírito?

Vê que o céu, por escárnio, a luz nos lança!
Que, à tua voz, a voz da imensidão
Responde com imensa gargalhada!

A ideia fechou a porta à esperança
Quando lhe foi pedir agasalho e pão....
Deixou-a cara a cara com o Nada!! ..

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Em 18 de Abril de 1842 nascia, em Ponta Delgada, Antero de Quental. Poeta filósofo cuja obra reflecte a sua complexidade interior, a sua lucidez e as suas angústias.


sexta-feira, 16 de abril de 2004

É SÓ P'RA DIZER...

...que adoro este blog da Catarina.

quarta-feira, 14 de abril de 2004

BRUEGEL



''O Dia Sombrio'' de Pieter Bruegel ''O Velho'', pintado em 1565.

EVOLUÇÃO?

''Arranja-me Um Emprego''

Tu precisas tanto de amor e de sossego
- Eu preciso dum emprego
Se mo arranjares eu dou-te o que é preciso
- Por exemplo o Paraíso
Ando ao Deus-dará, perdido nestas ruas
Vou ser mais sincero, sinto que ando às arrecuas
Preciso de galgar as escadas do sucesso
E por isso é que eu te peço

Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, concerteza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego

Se meto os pés para dentro, a partir de agora
Eu meto-os para fora
Se dizia o que penso, eu posso estar atento
E pensar para dentro
Se queres que seja duro, muito bem eu serei duro
Se queres que seja doce, serei doce, ai isso juro
Eu quero é ser o tal
E como o tal reconhecido
Assim, digo-te ao ouvido

Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, concerteza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego

Sabendo que as minhas intenções são das mais sérias
Partamos para férias
Mas para ter férias é preciso ter emprego
- Espera aí que eu já lá chego
Agora pensa numa casa com o mar ali ao pé
E nós os dois a brindarmos com rosé
Esqueço-me de tudo com um por-do-sol assim
- Chega aqui ao pé de mim

Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, concerteza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego

Se eu mandasse neles, os teus trabalhadores
Seriam uns amores
Greves era só das seis e meia às sete
Em frente ao cacetete
Primeiro de Maio só de quinze em quinze anos
Feriado em Abril só no dia dos enganos
Reivindicações quanto baste mas non tropo
- Anda beber mais um copo

Arranja-me um emprego
Arranja-me um emprego, pode ser na tua empresa, concerteza
Que eu dava conta do recado e pra ti era um sossego

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Letra e música: Sérgio Godinho,
LP ''Campolide'' 1979.

sábado, 10 de abril de 2004

''WHY DO THE NATIONS SO FURIOUSLY RAGE TOGETHER?''


Margaret Marshall, Anthony Rolfe-Johnson, Robert Hale, Charles Brett, Saul Quirke, Catherine Robbin. Monteverdi Choir, English Baroque Soloists, John Eliot Gardiner.
Interpretação viva e grandiosa, coro perfeito.


Arleen Auger, Anne Sofie von Otter, Michael Chance, Howard Crook. The English Concert & Chorus, Trevor Pinnock.
A leveza desta leitura não a impede de ser dramática.


David Thomas, Paul Elliott, Carolyn Watkinson, Judith Nelson,Emma Kirkby. Choir of Christ Church Cathedral, Oxford. Academy of Ancient Music, Cristhopher Hogwood.
Acústica magnífica, coro infantil divino e solistas excepcionais, especialmente Emma Kirkby.


The Scholars Baroque Ensemble
Uma recriação ''minimalista'' da obra de Haendel, de uma forma quase artesanal este grupo transmite toda a força e grandeza de ''O Messias''.


Sandrine Piau, Andreas Scholl, Barbara Schlick, Mark Padmore, Nathan Berg. Les Arts Florissants, William Christie
Equilíbrio entre os excelentes solistas, o coro e a orquestra, uma interpretação luminosa.

Estas são cinco das doze versões que possuo do ''Messiah'', se pretende adquirir esta obra tem muito por onde escolher. Por isso quero deixar aqui um aviso: não compre a versão do Harnoncourt (editora Teldec). Péssimos solistas, péssimo coro e péssima direcção orquestral. É incrível como um pioneiro das interpretações historicamente informadas conseguiu reunir todos os defeitos do ''elefantismo'' de outras épocas. 

sexta-feira, 9 de abril de 2004

EU AVISEI...

...que isto ia ficar a meio gás.

segunda-feira, 5 de abril de 2004

GULP!

Gulp!

sexta-feira, 2 de abril de 2004

PRIMEIRO D'ABRIL

Ah pois é! No ''post'' anterior encontram uma mentira do dia 1.
O quadro apresentado foi pintado por Amadeo de Souza Cardoso e não por Picasso. Amadeo nasceu em 1887 e com a sua arte tornou-se num dos maiores pintores do séc. XX. Se a terrível pneumónica o não tivesse vitimado em 1918, hoje ao falar-se de arte moderna , juntamente com Picasso, evocar-se-ia sempre o nome de Souza Cardoso.

quinta-feira, 1 de abril de 2004

VOLTAS À CABEÇA

Dei montes de voltas à cabeça e não consegui arranjar nenhuma mentira de jeito. Verdade se diga, nunca achei muita piada ao Dia das Mentiras. Vendo bem as coisas, só conseguia fazer o desmentido amanhã à noite ficando aqui uma mentira um dia inteiro. Assim sendo e já que estou a ''postar'' deixo aqui um Picasso para alegrar a vista.


Pablo Picasso, ''Saut du lapin'' 1911.

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