terça-feira, 9 de novembro de 2010

CLEARLY NON-CAMPOS!

CLEARLY NON-CAMPOS!

Não sei qual é o sentimento, ainda inexpresso,
Que subitamente, como uma sufocação, me aflige
O coração que, de repente,
Entre o que vive, se esquece.
Não sei qual é o sentimento
Que me desvia do caminho,
Que me dá de repente
Um nojo daquilo que seguia,
Uma vontade de nunca chegar a casa,
Um desejo de indefinido,
Um desejo lúcido de indefinido.


s.d.
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944

1 comentário:

  1. Cláudia10:14

    A consciência ao meio, como cortada uma laranja.
    O medo do desconhecido é maior do que a razão de o ser, no entanto, conhecer-se é a razão de ser.

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