segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ARRIVERDECI CLAUDIO

Foi com muita mágoa que li a notícia no Público sobre a morte de Claudio Abbado. como sempre nestas ocasiões surgem comentários alarves. Aqui reproduzo um a que me senti na obrigação de responder:

Música burguesa, feita unicamente para elites. A verdadeira música tem de ser popular e revolucionária!

É precisamente isso que certas elites pretendem, a boa arte para alguns: a Rute Marlene para o povinho. Não se esqueça que a tal música burguesa continuará a ser escutada enquanto houver um ser humano vivo.

A música que Abbado interpretava era revolucionária (Shostakovich, já ouviu falar?) e popular (Verdi, diz-lhe alguma coisa?). O maestro Claudio dava concertos em fábricas, prisões e lares de terceira idade; no Scalla atuava regularmente para estudantes e trabalhadores pobres. Fundou orquestras de juventude de nível mundial, trabalhou com as crianças pobres da Venezuela. É isto elitismo?

A ONU deveria instituir o luto mundial. Seriam as pessoas convidadas, antes de qualquer manifestação artistica, a aplaudir o maestro pelo menos durante um minuto.

Arrivederci Claudio, sarai sempre nei nostri cuori.

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