sexta-feira, 29 de setembro de 2006
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
QUEIMAR LIVROS? NÃO, EXISTEM SOLUÇÕES MAIS ECOLÓGICAS
Na Terra da Liberdade existem milhares de livros banidos das bibliotecas públicas. No berço da Democracia moderna a American Library Association promove todos os anos (na última semana de Setembro) a "Banned Book Week" como alerta para tal aberração. Na Pátria da Liberdade de Expressão a lista "The 100 Most Frequently Challenged Books" inclui obras de todos os géneros e que abordam os mais variados temas. No País das Oportunidades o ridículo não pode faltar; na lista dos anos de 1990 a 2000 em 88º lugar aparece o "Where's Waldo?" (Onde Está o Wally?) de Martin Hanford. Perguntam os leitores, porquê?! Ninguém sabe muito bem, mas há quem diga que a censura se deve ao "topless" de uma banhista, minúscula figura entre milhares de outras. Mais um exemplo dado pelo país que semeia o pluralismo, a paz e a justiça por todo o Planeta.
Arquivado em: "Liberdade de Expressão"COMO É POR DENTRO OUTRA PESSOA, QUEM É QUE O SABERÁ SONHAR?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Fernando Pessoa, 28-9-1933.
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Arquivado em: Poesia
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
O REGRESSO DE "UM TOQUE DE JAZZ"
Ouvindo e gravando o podcast do meu programa de rádio favorito, "Um Toque de Jazz". Na imagem podem ver O XMplay (não, não é o iTunes) e o SDP Multimedia, este para gravar a emissão e o primeiro para a ouvir.
Até Outubro teremos oportunidade de escutar excertos das lendárias sessões de gravação do Quinteto de Miles Davis para a Prestige.
A Rádio no seu melhor.
Muitos outros programas interessantes a descobrir na RTP, Centro multimédia.
Arquivado em: "Grande Música - Jazz"
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
OS FILHOS DE MILTON FRIEDMAN ATACAM DE NOVO
Um grupo de ultra-liberais teve mais tempo de antena num dia que o PP, PCP e Bloco de Esquerda durante um mês. Estranho país este, não me lembro de ter lido "Compromisso Portugal" em nenhum boletim de voto.
Arquivado em: "Política"
domingo, 17 de setembro de 2006
RECICLAGEM
Texto originalmente publicado a 1 de Dezembro de 2003.
Avenida 9 de julio y el Obelisco. Fotografia de Eurico Zimbres
Teatro Colón.
Ástor Piazzolla, 1971. Fotografia de Pupeto Mastropasqua.
Uma das memórias mais vívidas que guardo foi ouvir Piazzolla ao vivo, fiquei tão hipnotizado que nem consegui aplaudir. Através daquela música lancinante, terna, feroz, lânguida, sensual, viajei até Buenos Aires, cidade que nunca vi.
Cidade de imigrantes, de culturas díspares que foram forjando uma identidade única e inconfundível. O tango é a expressão dessa maneira de ser, é a nova Terra Prometida, é a dignidade, é o amor insano, é a ''Semana Trágica'', é Gardel, é Perón, é Evita, é a agitação social, é a ''Guerra Sucia'', é a voz de ''Las Madres de la Plaza de Mayo'', é a promessa da democracia, é a corrupção dos políticos e a crise económica, é uma criança vítima da fome.
Piazzolla transformou radicalmente a face do tango. ''Para mim o tango foi sempre mais para o ouvido do que para os pés'' dizia, resumindo assim a sua aproximação a um estilo tradicionalmente dançado. Carlos Gardel, o outro grande nome da história deste género musical, conhece o jovem Ástor em Nova York (onde este vivia desde os três anos) e impressionado com o seu talento contrata-o para tocar no filme ''El Dia Que Me Quieras''.
Regressa a Buenos Aires em 1937 onde vai tocando em vários agrupamentos enquanto estuda música clássica com Alberto Ginastera. Escreve várias composições sinfónicas, uma das quais lhe ganha uma bolsa para estudar em Paris com Nadia Boulanger. A grande professora, perante as suas hesitações e ambivalências, encoraja-o a reencontrar as suas raízes, o tango e o bandoneon.
Era a voz que muitos não queriam ouvir, ''estava a tirar-lhes o tango, o seu velho tango''. A fúria era tão grande que um dia, enquanto dava uma entrevista na rádio, um cantor irrompeu estúdio adentro apontando uma pistola à cabeça de Piazzolla.
Em 1955, depois de regressar à bela capital argentina, formou um octeto radical que incluía uma viola eléctrica. Levaram o tango para os domínios da música de câmara sem cantor ou dançarinos. Os media e as editoras discográficas fizeram a vida negra ao grupo que duraria apenas três anos, todavia Piazzolla fizera um corte decisivo com a tradição.
Volta a Nova York onde experimenta a fusão do jazz e do tango sem muito sucesso. De regresso a casa em 1960 forma vários quintetos e inicia o seu período mais produtivo escrevendo então muitas das suas peças clássicas tais como a triologia ''Angel''. Tendo experimentado vários formatos foi, porém, a combinação de bandeneon, contrabaixo, violino, piano e viola eléctrica, que veio a ser a sua favorita. Outros agrupamentos que estimava incluíram os seus sextetos e o mais radical e efémero ''Conjunto9'' que ficou famoso pela versão de ''Buenos Aires Hora Cero'' de 1983; esta peça (muitas vezes gravada) evoca essas noites em que ele e os seus colegas faziam uma pausa vagueando pelas ruas desertas antes de retomarem os ensaios que se estendiam até às quatro ou cinco da manhã.
Uma das mais conhecidas peças é, sem dúvida, o Libertango; Piazzolla escreveu-a para o seu segundo quinteto, o mais universalmente aclamado entre 1978 e 1988. Pouco depois da dissolução do quinteto sofre um forte ataque que o leva à morte em 4 de Julho de 1992.
A sua obra será sempre um testemunho de um homem que nunca cedeu à facilidade e que soube elevar o tango à categoria de música universal.
Excertos de Buenos Aires Hora Cero (parte final) e Adiós Nonino.
Ligações:
Piazzolla.Org
Piazzolla on Answers.com
Piazzolla on Answers.com (All Music Guide)
Todo tango: Piazzolla
Piazzolla, Wikipédia em Português
PS: Espero que os leitores me perdoem por servir um texto "requentado".
Arquivado em: "Músicas"
terça-feira, 12 de setembro de 2006
PARA MAIS TARDE RECORDAR
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segunda-feira, 11 de setembro de 2006
COMENTÁRIOS
Actualização: aparentemente já está tudo a funcionar bem.
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sábado, 9 de setembro de 2006
3 ANOS DEDICADOS AOS LEITORES
Sempre tive a atenção de pessoas talentosas, bem-humoradas, de quem sabe escrever os seus sentimentos mais profundos, de quem percebe profundamente de Música, daqueles que têm uma pequena lista de blogues na qual consta o Abaixo de Cão, de pessoas de todo o país (obviamente incluindo o habitual visitante da Assembleia da República) e de gente anónima originária dos cinco continentes.
A todos um sincero agradecimento do tipo que um dia decidiu fazer um teste para ver como era esta coisa dos blogues.
Arquivado em: "Blogosfera"
3 ANOS, ALGUMAS ESTATÍSTICAS
3 Outonos, 3 Invernos, 3 Primaveras, 3 Verões.
2 Presidentes da República.
3 Primeiro-Ministros.
4 Ministros das Finanças.
1 Choque fiscal.
1 choque devido à nomeação de um idiota para dirigir o Governo.
1 Choque Tecnológico.
Arquivado em: "Blogosfera"
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
VIAGENS PELA VIZINHANÇA
Grande Núvem de Magalhães, pequena galáxia vizinha da nossa Via Láctea. Imagem compósita em luz infravermelha tirada pelo Spitzer Space Telescope. Mais pormenores no sítio da Nasa.
Arquivado em: Ciência: Astronomia
FOREVER YOUNG (?) II
Arquivado em: Coisas da vida
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
sábado, 2 de setembro de 2006
FAZER A FESTA, LANÇAR OS FOGUETES E APANHAR AS CANAS
Arquivado em: "Blogosfera"
sexta-feira, 1 de setembro de 2006
VOLTEI, VOLTEI, VOLTEI DE LÁ, 'INDA ONTEM ESTAVA NAS ASTÚRIAS E AGORA JÁ ESTOU CÁ
Depois de vários litros de sidra.
Depois de uma semana de verde mesmo verde em Castropol.
Depois de viajar muitos quilómetros sem ver árvores carbonizadas, depósitos de ferro-velho ou lixo no chão.
Depois de alguns dias de turismo rural a 30 Euros a diária (contrastando com os preços escandalosos praticados em muitas zonas do nosso país).
Depois de várias visitas a uma pequena cidade com uma vida cultural riquíssima.
Depois de usufruir de um clima civilizado (a temperatura nunca ultrapassou os 28º).
Depois da sidra, muita sidra, cá estou eu de novo, preparado (??) para a loucura do dia-a-dia.
Como cheguei à conclusão que a fotografia não é a minha vocação decidi poupar os leitores e postar imagens da Wikipédia.
Arquivado em: Pessoal